Resumo Este artigo aborda os envolvimentos entre os índios do alto rio Negro e os seus adornos cerimoniais a partir de uma etnografia realizada entre os Baniwa do clã Hohodeni, um coletivo de língua Arawak que vive na região. Após discutir a morfologia destes objetos, destaco a diferença entre a sua produção nos tempos originários e nos tempos atuais. Esta análise indicará como o conhecimento mítico e ritual é mobilizado para a transformação de seres vivos em artefatos, situando as relações entre humanos, animais e vegetais no conjunto mais amplo de relações entretidas entre humanos e não humanos. Ao final, comparo os adornos aos benzimentos rituais necessários para fabricá-los, sugerindo uma visão mais ampla da “estética da produção” rionegrina.
Abstract This article discusses how the Amerindians of the Upper Rio Negro engage with their ceremonial ornaments through an ethnography of the Baniwa of the Hohodeni clan, an Arawak speaking people. After discussing the morphology of these objects, I highlight the difference between their production in the past and the present. This analysis will show how mythic and ritual knowledge is mobilized in the transformation of living beings into artefacts, placing human, animal, and plant interactions within the broader set of relations between humans and nonhumans. Finally, I compare the ornaments to the ritual spells that are needed to fabricate them, proposing a broader view of the Upper Rio Negro “aesthetics of production”.
Resumen Este artículo aborda los vínculos entre los indios del alto río Negro y sus adornos ceremoniales a partir de una etnografía realizada entre los Baniwa del clan Hohodeni, un colectivo de lengua Arawak que habita en la región. Después de discutir la morfología de estos objetos, resaltaré la diferencia entre su producción en los tiempos originarios y en los tiempos actuales. Este análisis delineará la manera en que el conocimiento mítico y ritual es movilizado para la transformación de seres vivos en artefactos, situando las interacciones entre humanos, animales y vegetales en el conjunto más amplio de relaciones entre los seres humanos y no humanos. Finalmente, comparo los adornos a los rezos rituales necesarios para fabricarlos, sugiriendo una visión más amplia de la “estética de la producción” rionegrina.